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Apesar de venda e/ou fornecimento de álcool para menores de idade ser tipificado como crime, a pesquisa apontou que 34% dos indivíduos menores de 18 anos já consumiram álcool na vida, sendo que 5% — cerca de um milhão de adolescentes — deles reportaram consumo excessivo, que pode ser considerado como dependência.
Já em relação à escolaridade, a maior incidência é apontada entre as pessoas com “ensino superior completo ou mais”, indicando que 20,4% dos entrevistados nesse segmento fazem uso excessivo de álcool. Quando consideradas as faixas etárias, a maior incidência da dependência alcoólica se dá entre os 25 a 34 anos — 23% fazem uso excessivo da bebida.
O estudo projeta que 9,9% da população tenham consumido drogas ilícitas em algum momento da vida. A maior incidência é percebida entre os homens — 15% já consumiram drogas ilícitas, enquanto entre as mulheres a incidência é de 5,2% —, sendo 16 anos a idade média em que se dá o primeiro consumo para ambos os gêneros.
A pesquisa da Fiocruz detalhou também que as drogas ilícitas com maior prevalência foram a maconha, a cocaína em pó, os solventes e a cocaína fumável. O estudo apresentou padrões de consumo, indicando grupos heterogêneos e facilmente discerníveis: substâncias com prevalência moderadamente elevada na população, como a maconha; substâncias utilizadas em geral por dependentes, como o crack; e substâncias de uso esparso, como a heroína.
Na avaliação clínica inicial é necessário identificar o padrão e o tipo de substância utilizada pelo dependente, bem como checar se já houve tratamento anterior, entender o histórico familiar e realizar o exame do estado mental. A abordagem inicial deve primar por questionamentos abertos, isentos de preconceitos e confrontos, de forma a permitir que o usuário reflita sobre sua situação.
Fontes: Ministério da Saúde, Fiocruz, BVS-APS, IMIP.
RISCO DAS SUBSTÂNCIAS AO ORGANISMO