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Transtorno do Espectro Autista - TEA

Transtorno do Espectro Autista - TEA
O que é, e suas características.

O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico que se caracteriza, principalmente, pelo comprometimento da habilidade de comunicação e interação social, assim como por comportamentos estereotipados e interesses repetitivos e/ou restritos.

Uma das principais características do autismo é a dificuldade de interação social.

Embora, como mencionado, essas sejam as principais, as características apresentadas por esses indivíduos são diversas, por isso o nome “espectro” e o símbolo do transtorno ser um quebra-cabeças, devido a sua complexidade e diversidade.

O TEA tem uma prevalência em indivíduos do sexo masculino. Os seus sintomas, que podem variar de leves a severos, surgem desde os primeiros anos de vida. Os indivíduos no espectro podem ter vida independente, entretanto, em alguns casos, podem ser dependentes por toda a vida para a realização das atividades do dia a dia.

Causas do Transtorno do Espectro Autista

Acredita-se que as principais causas do TEA são fatores genéticos e ambientais. Sendo que a hereditariedade é a responsável por cerca de 81% dos casos. Dentre os fatores ambientais, destaca-se que o uso de determinados medicamentos durante a gestação e a idade avançada do pai sejam fatores que influenciem no desenvolvimento do transtorno.

É importante destacar que, durante a gestação, só devem ser utilizados medicamentos prescritos pelo médico responsável.

Sinais e sintomas do Transtorno do Espectro Autista

Os sinais e sintomas do TEA surgem logo nos primeiros anos de vida e devem ser relatados ao médico que faz o acompanhamento da criança. É importante destacar que muitos adultos estão no espectro, mas nunca foram diagnosticados. A seguir, listamos alguns desses sinais que devem servir de alerta:

  • Não manter contato visual por muito tempo;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Não se interessar por outras pessoas;
  • Apresentar pouca ou nenhuma verbalização;
  • Repetir frases ou palavras sem a devida função (ecolalia);
  • Incômodo incomum com sons altos;
  • Interesse restrito ou hiperfoco;
  • Não apontar e não olhar quando apontamos algo;
  • Ser muito preso a rotinas;
  • Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
  • Alinhar objetos;
  • Não brincar com brinquedos de forma convencional;
  • Girar objetos sem uma função aparente;
  • Quando criança, não imitar e nem brincar de “faz de conta”.

 É importante destacar que cerca de um terço das pessoas que apresentam o transtorno não desenvolverá a fala. Além disso, um terço delas também apresenta algum nível de deficiência intelectual. É importante destacar ainda que alguns indivíduos são extremamente inteligentes, sendo insuperáveis em suas áreas de conhecimento.

O indivíduo portador do TEA pode apresentar uma sensibilidade incomum a sons altos.

Diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista

O diagnóstico do TEA segue critérios internacionais e é realizado de forma essencialmente clínica. Por meio de um teste de triagem, busca-se avaliar os sinais apresentados pelo indivíduo, sendo que alguns exames complementares também poderão ser solicitados nesse processo.

Tratamento do Transtorno do Espectro Autista

O TEA não tem cura, no entanto, a realização de terapias é essencial para o melhor desenvolvimento do indivíduo, e essas intervenções devem ser iniciadas antes mesmo de um diagnóstico completamente fechado. O tratamento é interdisciplinar e envolve diversos profissionais. Dentre as terapias a serem realizadas, podemos destacar a psicoterapia, a fonoterapia e a terapia ocupacional.

Em alguns casos em que o indivíduo apresenta, por exemplo, autoagressividade, irritabilidade, hiperatividade, insônia, entre outros sintomas, pode ser necessária a administração de medicamentos, os quais serão indicados pelo médico responsável.

Classificação do Transtorno do Espectro Autista

Até recentemente, o autismo era classificado entre os Transtornos Globais do Desenvolvimento. Em 2013, surgiu o termo Transtorno do Espectro Autista, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais.

Em 2018, a nova versão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde uniu os diagnósticos de Transtornos Globais de Desenvolvimento em Transtornos do Espectro Autista. A nova classificação está assim apresentada:

  • Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
  • Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
  • Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
  • Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
  • Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
  • Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
  • Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
  • Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.

Fonte: https://www.biologianet.com/doencas/autismo.htm