(11) 5083-4491
(11) 5083-9420Beber socialmente não é um problema quando se há controle e o indivíduo não oferece riscos a ele mesmo ou a outras pessoas. No entanto, beber todos os dias e perder o controle em algumas situações pode indicar alcoolismo ou predisposição ao problema. Recentemente foi realizado uma pesquisa e ela apontou que, quatro entre dez brasileiros afirmam ter aumentado consumo de álcool durante a pandemia.
Beber todo dia não é normal para o ser humano. O etanol é tóxico para o organismo e o uso frequente pode trazer problemas recorrentes, que vão além do alcoolismo".
“Sabe quem inventou essa história de que beber moderadamente faz bem? A indústria do álcool, baseada em estudos pouco controlados”, afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “O mais saudável é não beber. Mas, se beber, o ideal é não passar de uma ou duas doses por semana”, diz. Perceba: tomar algo todo dia, ainda que só um pouco, está fora de cogitação — pelo menos se você quer ter saúde.
Considerado o maior grupo. Os alcoolistas jovens adultos costumam começar a beber no final da adolescência, por volta dos 19 anos, e se tornam dependentes alguns anos depois, com idade em torno de 24 anos.
Não é comum que os indivíduos desse grupo tenham transtornos mentais nem abusem de outras substâncias químicas, apesar de ser possível. Também é incomum que tenham outros familiares alcoolistas. Muitos deles ainda estão na faculdade ou acabaram de sair de casa dos pais e estão experimentando a independência da vida adulta pela primeira vez.
O alcoolista jovem adulto costuma beber com menos frequência do que os outros, mas quando o faz, a tendência é que exagere na dose e pratique o binge drinking (ato de beber uma grande quantidade de álcool de uma só vez). O número de homens jovens adultos alcoolistas é 2,5 vezes maior que o de mulheres.
Cerca de 21,1% dos alcoolistas são do tipo jovem antissocial, que representa aqueles que começam a beber ainda na adolescência, com cerca de 15 anos de idade, e desenvolvem dependência nos primeiros anos da vida adulta, muitas vezes antes dos 20.
Mais da metade dos componentes desse grupo apresenta traços de Transtorno da Personalidade Antissocial. Também é comum que essas pessoas tenham depressão, fobias, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e que abusem de outras substâncias como cigarro, maconha, cocaína e opioides.
Mais de 75% dos alcoolistas jovens antissociais são homens e tiveram pouco ou nenhum acesso à educação de qualidade — o mesmo acontece em relação ao mercado de trabalho. Essas pessoas têm o costume de beber grandes quantidades de álcool de uma só vez.
A probabilidade de que esse tipo de alcoolista busque tratamento é maior do que a dos jovens adultos — 35% deles já procurou ajuda em algum momento. Os componentes desse grupo são os que têm mais chance de buscar tratamento em clínicas, mas muitos também recorrem a grupos de apoio.
Os alcoolistas funcionais formam um grupo com idade um pouco mais avançada do que os mencionados anteriormente — eles têm cerca de 40 anos e se tornaram dependentes depois dos 30, apesar de terem começado a beber no início da vida adulta.
Os componentes desse grupo apresentam taxas moderadas de depressão, mas é raro que sofram com outros transtornos mentais. Muitos deles também fumam cigarros, mas não há muitos casos de abuso de outras drogas.
Cerca de 60% dos alcoolistas funcionais são do sexo masculino. De todas as classificações, esse é o grupo com menos chance de ter problemas legais decorrentes do alcoolismo. Aqui, prevalecem pessoas com bons níveis de educação e variados níveis de renda.
Muitos dos alcoolistas funcionais são casados e sofrem por causa do vício. Menos de 20% deles já procuraram ajuda profissional para cuidar do problema — desses, a maioria recorre a grupos de apoio e a clínicas particulares.
O alcoolista crônico é o tipo menos comum — segundo a pesquisa, apenas 9,2% dos dependentes de álcool estão nessa classificação. Os integrantes desse grupo começam a beber na adolescência e desenvolvem a dependência por volta dos 30 anos de idade. 77% dos alcoolistas crônicos têm parentes que também sofrem de alcoolismo e 47% deles apresentam transtornos de personalidade.
Esse tipo de alcoolista também é o mais propenso a sofrer com depressão, ansiedade, Transtorno Bipolar, fobias e Síndrome do Pânico. Além disso, costumam consumir outras drogas, como cigarro, maconha, cocaína e opióides.
O alcoolista crônico é o tipo que mais faz esforços para se curar, mas nem sempre tem sucesso. Além disso, é o que tem mais emergências de saúde como consequência do abuso de álcool.
Esse grupo também é o que mais sofre com problemas familiares por causa do vício — aqui, os números de divórcios e separações são os mais altos em relação às outras classificações. Os alcoolistas crônicos bebem com mais frequência, mas em menor quantidade em relação aos outros grupos.
Os componentes desse grupo são aqueles que têm parentes próximos que sofrem de alcoolismo. Eles começam a beber no final da adolescência e desenvolvem dependência com cerca de 30 anos de idade. Os alcoolistas familiares intermediários também têm grandes chances de sofrer com transtornos de personalidade, depressão e ansiedade, além de fazer uso de outras substâncias, como cigarro, maconha e cocaína.
64% dos integrantes desse grupo são homens. Eles costumam ter boa educação e ser ativos no mercado de trabalho, mesmo que a renda não seja alta. O alcoolista familiar intermediário não costuma buscar tratamento profissional, mas pode recorrer a grupos de apoio e, às vezes, buscar ajuda em clínicas particulares.
O alcoolismo conta com diferentes causas que podem estar relacionadas a genética, influências externas e transtornos emocionais, que resultam no desenvolvimento do problema devido ao uso contínuo do álcool. Entenda como esses fatores influenciam no desenvolvimento da doença.
Existem questões genéticas que colaboram para o desenvolvimento da dependência química, como uma predisposição. Os filhos biológicos de pais dependentes de álcool têm maiores chances de desenvolver o problema.
O ambiente familiar também colabora: quando o uso de álcool é comum e recorrente, e a pessoa cresce em um lugar onde a bebida é valorizada, há mais chances de desenvolver uma dependência. Porém, esse não é uma característica determinante, já que também é influenciada por outros fatores.
Quando a pessoa sofre com transtornos emocionais, principalmente quando não tratados, ela pode usar o álcool como uma fuga, assim como outras substâncias ilícitas. Assim, a busca pelas sensações trazidas pela bebida faz com que o consumo seja frequente e, como o tempo, há maiores chances de que a pessoa desenvolva o alcoolismo.
O ambiente social influencia em diversas práticas do nosso dia a dia, inclusive no consumo de álcool. Em um grupo onde várias pessoas bebem, é provável que outros desenvolvam esse hábito.
Entretanto, vale destacar que beber socialmente ou frequentar eventos em que há bebidas não significa que a pessoa se tornará dependente, porém, é preciso ter atenção ao volume consumido e a frequência.
Esse fator também torna essencial ter atenção à conduta dos adolescentes. O contato precoce com álcool também é um fator de risco. Estudos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo (NIAAA) dos Estados Unidos demonstram que o consumo da substância antes dos 15 anos aumenta em até 4 vezes o risco de dependência.
Uma das principais dificuldades enfrentadas pelo usuário e por seus parentes é a identificação da doença, principalmente para diferenciá-las das situações de uso abusivo, mas sem dependência. Por isso mesmo, listamos os principais sintomas do alcoolismo.
Esse é o principal sintoma do alcoolismo, caracterizado pela compulsão, por um desejo incontrolável de ingerir álcool. Além disso, o paciente sente dificuldades em parar de beber após começar, demonstrando a perda do autocontrole, o que faz com ele beba sempre em grandes quantidades.
Como o uso é feito continuamente, o corpo aumenta a tolerância à substância, o que exige doses maiores de bebida para sentir os mesmos efeitos. Com o tempo, é possível que a ingestão de álcool se inicie ainda pela manhã, antes do almoço, enquanto o paciente também tenta esconder o consumo exagerado da bebida.
Se a pessoa se torna agressiva quando bebe, briga com pessoas próximas sem motivos aparentes ou quando questionado sobre a bebida, entra facilmente em discussões ou tem uma atitude negativa, com ironias e outras formas de se desvencilhar de perguntes, esse pode ser um indício da dependência.
Também é comum que o problema cause irritabilidade e alterações constantes de humor, além do surgimento de situações que permitam a identificação de um comportamento paranoico, em resposta a uma suposta perseguição.
Esse é um sintoma subjetivo, mas que pode ser observado pelas pessoas mais próximas do indivíduo. Se o consumo de álcool resulta em dificuldades de socialização e isolamento, pode ser um sinal do alcoolismo.
Em geral, as pessoas começam a apresentar desinteresse em atividades sociais que não envolvam bebidas alcoólicas. Elas também perdem outros compromissos porque estavam bebendo ou levam mais tempo para se recuperar dos efeitos da substância no organismo.
Quando uma pessoa que sofre com o alcoolismo fica sem ingerir a bebida por um certo período, ela começa a apresentar sintomas típicos das crises de abstinência, como náusea, suores, tremores, transpiração excessiva e ansiedade.
Nos casos mais graves, após os primeiros dias de abstinência o paciente também pode apresentar confusão mental, delírios, alucinações e convulsões. Se isso acontecer, é fundamental procurar suporte médico, pois alguns sintomas podem causar a morte.
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