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(11) 5083-94207 MITOS:
1) Tristeza e depressão são a mesma coisa
Mito. É natural que, ao longo da vida, todos tenham seus momentos de tristeza. Porém, esse sentimento em geral tem curta duração. Ao contrário do paciente diagnosticado com o transtorno, que tem um período de tristeza prolongado. Vale lembrar também que existem vários tipos e graus da doença, e que é necessário um acompanhamento médico individual para diagnosticar e tratar.
2) Somente adultos desenvolvem a doença
Mito. Crianças e adolescentes também podem desenvolver este transtorno. Os sintomas são os mesmos de um adulto. Fatores de risco como sofrer bullying ou violência psicológica, entre outras causas, podem contribuir para um início precoce da doença. No entanto, na maioria desses casos, existe também um fator genético contribuindo para desencadear o quadro.
3) As mulheres estão mais propensas a ter depressão
Verdade. A mulher tem uma variação hormonal grande ao longo de sua vida. Além da variação relacionada aos ciclos menstruais, que ocorrem mensalmente, existe também a menopausa. Essas alterações hormonais são um dos fatores que podem favorecer o desenvolvimento de um quadro depressivo ou ansioso na mulher. Para cada homem com o problema, há duas mulheres na mesma condição, segundo a OMS.
4) Depressão, síndrome do pânico e ansiedade tem o mesmo tratamento
Mito. Todas essas doenças podem ter relação entre si e aparecer ao mesmo tempo em algumas pessoas, assim como podem ter tratamento muito parecido. Porém, cada uma delas tem suas características específicas, gravidade e especificidade do tratamento. Somente um especialista poderá realizar o diagnóstico e indicar o tratamento correto.
5) Depressão altera o comportamento
Verdade. Além da alteração de humor, a depressão faz com que o paciente se sinta constantemente cansado, com dificuldade de concentração e alteração no sono (para mais ou menos). Somente um especialista pode fazer o diagnóstico e medir a gravidade dos sintomas.
6) Depressão é usada como um pretexto
Mito. Um dos principais sintomas é a ausência de ânimo e a perda de interesse em atividades do dia a dia. Então, quando um paciente diagnosticado não consegue seguir a sua rotina com vigor, não é um pretexto e sim um estágio da doença, e deve ser acompanhado de perto por um médico especialista.
7) Depressão não desaparece sem tratamento especializado
Verdade. Trata-se de uma doença psiquiátrica que provoca alteração do humor, caracterizado por tristeza profunda ou perda de prazer nas coisas e sentimento de desesperança e, por isso, é necessária a interferência de profissionais especializados na área. O paciente deve fazer o tratamento indicado, além de acompanhamento psicológico constante.
Nem toda depressão é igual, mas toda depressão é perigosa e deve receber tratamento adequado. Mesmo formas suaves da doença podem ser devastadoras para a vida dos pacientes. Além disso, infelizmente, a depressão é o diagnóstico psiquiátrico mais comumente associado ao suicídio.
A depressão não é frescura, fraqueza ou falha pessoal. É uma enfermidade médica incapacitante com sinais e sintomas específicos que requerem tratamento especializado.
A criação de um ambiente favorável e de acolhimento para ajudar os que sofrem com a doença, independentemente de seu grau, é fundamental para que o paciente se sinta à vontade para expressar suas dores.
A ajuda especializada costuma ser um divisor de águas para quem sofre com depressão e seu tratamento geralmente envolve psicoterapia ou medicação ou uma combinação de ambos. Acima de tudo, é importante ressaltar que o tratamento não é de curto prazo ou funciona na primeira tentativa – exemplo disso é a chamada depressão resistente ao tratamento, que afeta um em três indivíduos com depressão e se caracteriza quando o paciente não responde a pelo menos dois medicamentos diferentes usados em doses e duração adequadas.
Lembre-se: informação e acolhimento são ingredientes essenciais para apoiar quem precisa de ajuda especializada.
Sinais e sintomas
Cansaço extremo
Fraqueza
Irritabilidade
Angústia
Ansiedade exacerbada
Baixa autoestima
Insônia (ou sono de má qualidade)
Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
Pensamentos pessimistas
Pensamentos frequentes sobre a morte
Comportamentos compulsivos
Dificuldade para se concentrar
Problemas ou disfunções sexuais
Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia
Fatores de risco
Histórico familiar
Transtornos psiquiátricos correlatos
Estresse crônico
Ansiedade crônica
Disfunções hormonais
Excesso de peso
Sedentarismo e dieta desregrada
Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
Uso excessivo de internet e redes sociais
Traumas físicos ou psicológicos
Pancadas na cabeça
Problemas cardíacos
Separação conjugal
Enxaqueca crônica
A prevenção
Para espantar a tristeza sem fim da rotina, é importante gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Ler, aprender coisas novas, fazer hobbies e se divertir ajudam a manter a cabeça ativa e livre de pensamentos negativos ou preocupações excessivas. O otimismo, ladeado de bom-senso, assegura o bem-estar emocional. Cuidar do organismo reflete na saúde mental. Nesse ponto, o conselho é praticar atividade física regularmente, inclusive porque estudos atestam que elas incentivam a liberação de hormônios e outras substâncias importantes para a manutenção do humor.
O tratamento
A depressão pode durar semanas ou mesmo anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pelo psiquiatra e o psicólogo. Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o médico escolherá segundo o perfil do paciente. O acompanhamento psicológico, que buscará levantar as causas do problema e como ele poderá ser desmontado, é crucial inclusive porque os remédios podem demorar um tempo para fazer efeito.
Dentro da abordagem da psicoterapia, uma das correntes mais utilizadas no tratamento da depressão é a cognitivo-comportamental, que identifica conflitos e auxilia o paciente a encará-los e sair do estado de abatimento. Existem estudos apontando que a acupuntura e a musicoterapia seriam coadjuvantes na recuperação do bem-estar emocional.
No mais, volta à tona a recomendação de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de atividade física. Também se reforça a indicação para combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas.
Fonte: https://www.libbs.com.br/saude/mitos-e-verdades-depressao/